PENSAMENTO DO DIA

"E onde quer que haja mulheres e homens, há sempre o que fazer; há sempre o que ensinar; há sempre o que aprender."
( PAULO FREIRE)

segunda-feira, 11 de julho de 2011

TODOS DEPENDEM DA BOCA...



Certo dia, a boca, com ar vaidoso, perguntou: 
__Embora o corpo seja um só, qual é o órgão mais importante? 
Os olhos responderam: 
__O órgão mais importante somos nós: observamos o que se passa e vemos as coisas. 
__ Somos nós, porque ouvimos - disseram os ouvidos. 
__Estão enganados. Nós é que somos mais importantes,  porque agarramos as coisas - disseram as mãos. 
Mas o coração também tomou a palavra: 
__Então e eu? Eu é que sou importante: faço funcionar todo o corpo! 
__ E eu trago em mim os alimentos! - interveio a barriga. 
__Olha! Importante é aguentar todo o corpo como nós, as pernas, fazemos. 
Estavam nisto quando a mulher trouxe a massa, chamando-os para comer. Então os olhos viram a massa, o coração emocionou-se, a barriga esperou ficar farta, os ouvidos escutavam, as mãos podiam tirar bocados, as pernas  andaram... mas a boca recusou comer. E continuou a recusar. 
Por isso, todos os outros órgãos começaram a ficar sem forças... 
Então a boca voltou a perguntar: 
__Afinal qual é o órgão mais importante no corpo? 
__És tu boca - responderam todos em coro. Tu és o nosso rei! 

O Jabuti e o Leopardo



O jabuti, distraído como sempre, estava voltando apressado para casa . A noite começava a cobrir a floresta com seu manto escuro e o melhor era apertar o passo.
      De repente ...caiu numa armadilha !
Um buraco profundo coberto por folhas de palmeiras que havia sido cavado na trilha, no meio da floresta, pelos caçadores da aldeia para aprisionar os animais.
O jabuti, graças a seu grosso casco, não se machucou na queda, mas...como escapulir dali ? Tinha que encontrar uma solução antes do amanhecer se não quisesse virar sopa para os aldeões...
Estava ainda perdido em seus pensamentos quando um leopardo caiu também na mesma armadilha !!! O jabuti deu um pulo, fingindo ter sido incomodado em seu refúgio, e berrou para o leopardo:
"-Que é isto ? o que está fazendo aqui ? Isto são modos de entrar em minha casa ? Não sabe pedir licença ?!"
 E continuou...
"-Não vê por onde anda ? Não sabe que não gosto de receber visitas a estas horas da noite? Saia já daqui ! Seu pintado mal-educado !!!"
O leopardo bufando de raiva com tal atrevimento, agarrou o jabuti...e com toda a força jogou-o para fora do buraco !
O jabuti, feliz da vida, foi andando para sua casa tranquilamente!
Há! Espantado ficou o leopardo...

A ORIGEM DO TAMBOR


Dizem na Guiné que a primeira viagem à Lua foi feita pelo Macaquinho de nariz branco.
Segundo dizem, certo dia, os macaquinhos de nariz branco resolveram fazer uma viagem à Lua a fim de traze-la para a Terra.   
      Após tanto tentar subir, sem nenhum sucesso, um deles, dizem que o menor, teve a idéia de subirem uns por cima dos outros, até que um deles conseguiu chegar à Lua.
       Porém, a pilha de macacos desmoronou e todos caíram, menos o menor, que ficou pendurado na Lua. Esta lhe deu a mão e o ajudou a subir.
       A Lua gostou tanto dele que lhe ofereceu, como regalo, um tamborinho.
      O macaquinho foi ficando por lá, até que começou a sentir saudades de casa e resolveu pedir à Lua que o deixasse voltar.
      A lua o amarrou ao tamborinho para descê-lo pela corda, pedindo a ele que não tocasse antes de chegar à Terra e, assim que chegasse, tocasse bem forte para que ela cortasse o fio.
        O Macaquinho foi descendo feliz da vida, mas na metade do caminho, não resistiu e tocou o tamborinho. Ao ouvir o som do tambor a Lua pensou que o Macaquinho houvesse chegado à Terra e cortou a corda.
        O Macaquinho caiu e, antes de morrer, ainda pode dizer a uma moça que o encontrou, que aquilo que ele tinha era um tamborinho, que deveria ser entregue aos homens do seu país.
        A moça foi logo contar a todos sobre o ocorrido. Vieram pessoas de todo o país e, naquela terra africana, ouviam-se os primeiros sons de tambor.

segunda-feira, 10 de janeiro de 2011

HISTORIA DA EDUCAÇÃO EM DIFERENTES LUGARES DO MUNDO

CHINA

Nas civilizações orientais a educação era tradicional: dividida em classes, opondo cultura e trabalho, organizada em escolas fechadas e separadas para a classe dirigente. O conhecimento da escrita era restrito a devido ao seu caráter esotérico As preocupações com educação apareceram nos livros sagrados, que ofereceram regras ideais de conduta e enquadramento das pessoas nos rígidos sistemas religiosos. Nesse período surgiu o dualismo escolar, que destina um tipo de ensino para o povo e outro para os filhos dos funcionários, ou seja, grande parte da comunidade foi excluída da escola e restringida à educação familiar informal.

BABILÔNIA

A cultura da poderosa classe sacerdotal destaca-se, bem como a extrema dificuldade que a escrita cuneiforme oferece aos escribas, incumbidos de ler e copiar textos religiosos.

Na civilização babilônica, tiveram um papel essencial o templo e as técnicas. O templo era o verdadeiro centro social dessa civilização, o lugar onde se condensa a tradição e onde organizam as competências técnicas, sobretudo as mais altas e complexas, como escrever, contar, medir, que dão vida à literatura, à matemática, à geometria, às quais se acrescenta a astronomia que estuda o céu para fins, sobretudo práticos (elaborar um calendário).

Os sacerdotes (verdadeira casta de poder, que levava uma vida separada e se dedicava a atividades diferentes dos outros homens, ligadas aos rituais e à cultura), eram os depositários da palavra, os conhecedores da técnica da leitura e da escrita. A experiência escolar formava o escriba e ocorria em ambientes aparelhados para escrever sobre tabuletas de argila, sob o controle de um mestre (dubsar), pelo uso de silabários e segundo uma rígida disciplina.


FENÍCIOS

Os fenícios eram povos de origem semita. Por volta de 3000 a.C., estabeleceram-se numa estreita faixa de terra com cerca de 35 km de largura, situada entre as montanhas do Líbano e o mar Mediterrâneo. Com 200 km de extensão, corresponde a maior parte do litoral do atual Líbano e uma pequena parte da Síria.

Quanto à cultura, fundamental foi o desenvolvimento dos conhecimentos técnicos (de cálculo, de escrita, mas também ligados aos problemas da navegação). A descoberta mais significativa desse povo foi a do alfabeto, com 22 consoantes (sem as vogais), do qual derivam o alfabeto grego e depois os europeus, e que aconteceu pela necessidade de simplificar e acelerar a comunicação.

A primeira produção do alfabeto ocorreu em Biblos (um dos centros da Fenícia), que deu, aliás, nome ao livro (biblos em grego), pelas indústrias de papiro que ali se encontravam. Quanto aos processos educativos, são aqueles típicos das sociedades pré-gregas, influenciados pelos modelos dos grandes impérios e pelas sociedades sem escrita em que predomina a sacralização dos saberes e a organização pragmática das técnicas, e tais processos se desenvolvem, sobretudo na família, no santuário ou nas oficinas artesanais. Os processos de formação coletiva são confiados ao “bardo”, ao “profeta”, ao “sábio”, três figuras-guias das comunidades pré-literárias e que desenvolvem uma ação de transmissão de saberes, de memória histórica e de “educadores de massa”.

HEBREUS

O principal legado que os hebreus deixaram foi no âmbito religioso. Eles foram os primeiros povos a adotar o monoteísmo, ou seja, a crença em um único Deus. Também de destacam na literatura, destacando o Antigo Testamento, que é a primeira parte da Bíblia.

Quanto aos profetas, eles eram os educadores de Israel, inspirados por Deus e continuadores do espírito de sua mensagem ao “povo eleito”: devem educar com dureza, castigar e repreender também com violência, já que sua denúncia é em razão de um retorno ao papel atribuído por Deus a Israel.

A escola em Israel organizava-se em torno da interpretação da Lei dentro da sinagoga; à qual “era anexa uma escola exegese” que, no período helenístico, se envolveu em sérios contrastes em torno, justamente, da helenização da cultura hebraica. Aos saduceus (helenizantes) opuseram-se os fariseus (antigregos) que remetiam à letra das Escrituras e à tradição interpretativa, salvaguardada de modo formalista. Assim, além de centro de oração e de vida religiosa e civil, a sinagoga se torna também lugar de instrução. A instrução que se professava era religiosa, voltada tanto para a “palavra” quanto para os “costumes”. Os conteúdos da instrução eram “trechos escolhidos da Torá”, a partir daqueles usados nos ofícios religiosos cotidianos. Só mais tarde (no século I d.C.) foi acrescentado o estudo da escrita e da aritmética. Nos séculos sucessivos, os hebreus da diáspora fixaram-se, em geral, sobre este modelo de formação (instrução religiosa), atribuindo também a esta o papel de salvar sua identidade cultural e sua tradição histórica.

EGITO

As escolas funcionavam como templos e em algumas casas foram freqüentadas por pouco mais de vinte alunos. A aprendizagem se fazia por transcrições de hinos, livros sagrados, acompanhada de exortações morais e de coerções físicas. Ao lado da escrita, ensinava-se também aritmética, com sistemas de cálculo, complicados problemas de geometria associados à agrimensura, conhecimentos de botânica, zoologia, mineralogia e geografia.

O primeiro instrumento do sacerdote-intelectual é a escrita, que no Egito era hieroglífica (relacionada com o caráter pictográfico das origens e depois estilizada em ideogramas ligados por homofonia e por polifonia, em seguida por contrações e junções, até atingir um cursivo chamado hierático e de uso cotidiano, mais simples, e finalmente o demótico, que era uma forma ainda mais abreviada e se escrevia sobre folha de papiro com um cálamo embebido em carbono).

Ao lado da educação escolar, havia a familiar (atribuída primeira à mãe, depois ao pai) e a “dos ofícios”, que se fazia nas oficinas artesanais e que atingia a maior parte da população. Este aprendizado não tinha nenhuma necessidade de “processo institucionalizado de instrução” e “são os pais ou os parentes artesãos que ensinavam a arte aos filhos”, através do observar para depois reproduzir o processo observado. Os populares eram também excluídos da ginástica e da música, reservadas apenas a casta guerreira e colocadas como adestramento para guerra.

Fonte: http://www.pedagogia.com.br/historia/oriental.php
EDUCAÇÃO TRADICIONAL X EDUCAÇÃO A DISTÂNCIA

Atualmente, é gigantesca a diferença entre a educação tradicional e a educação a distância. Com efeito, uma simples enumeração das principais características destes dois tipos de educação nos dão uma dimensão do abismo que está surgindo entre uma e outra. É o que comprova o quadro a seguir:

EDUCAÇÃO TRADICIONAL
EDUCAÇÃO A DISTÂNCIA
a) Baseia-se, principalmente, no "magister dixit". O professor é a autoridade máxima dentro da sala de aula. Sua palavra é lei. Compete a ele fazer a avaliação do aluno. O resultado de suas avaliações é incontestável.
a) É centrada no aluno. Se este tem dúvidas, em relação à informação de uma fonte, pode reestudá-la a qualquer momento, e procurar esclarecê-la em outras fontes. Ele é o responsável diário pela sua auto-avaliação. Cabe ao centro emissor conferir, periodicamente, ou ao final do curso, a assimilação dos conhecimentos.
b) As comunicações são limitadas e de cima para baixo, com hierarquia e disciplina rígidas, do tipo piramidal e restritas, normalmente, à sala de aula. Todo o sistema de ensino é formal e excessivamente regulamentado, dando pouca margem para inovações.
b) As comunicações são ilimitadas e, principalmente, de forma lateral e intensiva, quebrando barreiras hierárquicas e fronteiras, permitindo que o ensino e a aprendizagem se desenvolvam sem maiores formalidades e utilizando a criatividade do próprio aluno.
c) Privilegia as preleções dos professores e se centra no ensino, que é responsabilidade dos professores, exigindo-se dos alunos pouca participação individual ou em grupo.
c) Tem como eixo a aprendizagem. Exige maior participação e estudo individual do aluno, em cujas mãos é colocada a responsabilidade pelo seu próprio desenvolvimento, permitindo grande interação, tanto na escola, como local, nacional e até internacional.
d) Utiliza pouco material didático (lousa, giz, alguns livros, cadernos, lápis, canetas e, só mais recentemente e extradordinariamente, o computador e alguns recursos audiovisuais como retroprojetores, projetores de slides e de filmes e televisões).
d) Utiliza equipamentos de última geração nas áreas de telecomunicações e informática, bem como as mais avançadas tecnologias de comunicação interativa, como as teleconferências etc.
e) Os alunos são obrigados a seguir o ritmo de ensino do professor, com aulas em horários pré-estabelecidos, nas quais a freqüência é obrigatória e o controle é feito por uma complexa, e normalmente autoritária, burocracia.
e) O próprio aluno define o ritmo de sua aprendizagem, interagindo com computadores, na hora que melhor lhe convém, sem necessidade de aulas presenciais, ou segue o programa pela televisão, que o repete constantemente, e ainda tem material impresso para ler quando bem entender. Todo o aparato escolar burocrático pode ser dispensado.
f) Assenta-se na oralidade e na escrita, pouco utilizando os recursos audiovisuais, com aulas muitas vezes maçantes.
f) Baseia-se no uso e na interatividade de todos os mais avançados recursos de multimídia, tornando a aprendizagem excitante e divertida.
g) Exige armazenamento, na memória de cada aluno, de dados de uma infinidade de conhecimentos, que lhes são transmitidos nas aulas e em livros. Posteriormente, exige-se a comprovação da memorização em várias avaliações.
g) Valoriza mais o desenvolvimento do raciocínio lógico, a criatividade, o conhecimento de softwares e a agilidade no manuseio dos equipamentos, do que a memorização, uma vez que, bancos de dados com bilhões de informações, poderão ser acessados a qualquer momento.

O quadro acima, apesar de ressaltar aspectos negativos da educação tradicional, não quer dizer que ela não tenha aspectos altamente positivos, que foram tão úteis ao desenvolvimento da humanidade, em épocas passadas. Atualmente, ela ainda pode prestar grandes serviços à humanidade, mas depende, fundamentalmente, da competência e do esforço individual de abnegados professores e de mudanças que introduzam maior motivação para a aprendizagem.

Fonte: http://www.fe.unb.br/catedra/bibliovirtual/ead/educacao_a_distancia_texto_da_ldb.htm

sábado, 18 de dezembro de 2010

Verdades da Profissão de Professor

Ninguém nega o valor da educação e que um bom professor é imprescindível. Mas, ainda que desejem bons professores para seus filhos, poucos pais desejam que seus filhos sejam professores. Isso nos mostra o reconhecimento que o trabalho de educar é duro, difícil e necessário, mas que permitimos que esses profissionais continuem sendo desvalorizados. Apesar de mal remunerados, com baixo prestígio social e responsabilizados pelo fracasso da educação, grande parte resiste e continua apaixonada pelo seu trabalho.
A data é um convite para que todos, pais, alunos, sociedade, repensemos nossos papéis e nossas atitudes, pois com elas demonstramos o compromisso com a educação que queremos. Aos professores, fica o convite para que não descuidem de sua missão de educar, nem desanimem diante dos desafios, nem deixem de educar as pessoas para serem “águias” e não apenas “galinhas”. Pois, se a educação sozinha não transforma a sociedade, sem ela, tampouco, a sociedade muda. 
Paulo Freire